O avesso do torto é o direito
num tropeço de sombra e luz,
meio que persegue inteiro
começo que o velho conduz.
A volta assim é grande
pro menino que nunca riscou
a pedra detrás da fonte
balança no pé que firmou.
Cai que precisa cair,
chão é berço de flor
o medo é feito de ontem
não colhe pois nunca plantou.
E da janela se faz o cego
que de tanto querer encontrar
pincela o retrato do mundo
mas sente temer caminhar.
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