sábado, 28 de dezembro de 2013
Estação Baixada Fluminense
Corta o ferro forjado de trem
pelas linhas do pobre senhor
mãe senhora que é pobre também
leva o filho no braço da dor.
É quente e fogo é instinto
sacudindo de sede e calor
margeando a baía que prende
o caminho pro mar, o frescor.
Longe o Rio do redentor
que vira as costas pro que não é sul
mãe que trabalha chora e cala
o filho no leito da vala comum.
Tudo que é menos um dia quer mais
e canta por cheiro, encanto, sossego
se junta na luta sem tempo pra medo
que a velha árvore é vida que jaz.
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