Vem o dia com seus ronronares de pulmão cansado.
Amanhece sem manto e sem ousar calor
a dor das cidades entre os fins de todos os começos.
Passam autos, nem sempre móveis
cheios de nada defumando sonhos.
Vem a noite com as juntas estragadas.
Entristece o corpo sem provar amor
ausente fúria da terra, cansam os bichos, coelhos pós coito.
Caem duros, nem sempre mortos
cheios de nada defumando sonhos.