quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Rio sem margens

É preto, branco marrom,
enredo franco sem tom
mito das raças
grito das matas.

É o mar que arrebenta
traz e tira
afoga e sustenta
maré que vira.

É povo,
na curva
no timbre
no torto.

É terra,
é fome
é guerra.
Gente não tem nome.

É quente quando pode
no verão da aurora
frouxo e mole
rio que corre.

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