sábado, 27 de julho de 2013

Por aí


Talvez seja isso
o que o poeta faz.
O que diz com boca torta,
insubmisso ao que ficou pra trás,
passou de folha morta.
Vive nas ruas, nos campos,
nos cantos e quinas,
na gente aos trancos
pelo solfejo das buzinas.

O que de mais sagrado,
de mais justo, que o poeta faz
é achar engraçado a rima
e nada mais.
Como o vento carrega o som
que sua boca de saudade
traz à terra marrom
quando chuva chega na cidade.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário