Os velhos aprenderam a não ouvir
o ruído dos dias,
dos bolsos,
do açoite.
Ensinaram a cantar
no cair da noite
e amar o fogo
na brisa das palmas.
Tudo o que há para saber.
Calaram em cada olhar
o acalanto doce das tardes
a abraçar com os olhos
a pureza das almas.
Disseram com suas mãos grossas
já sumindo na cortina das horas
que não há medo ou vergonha
nem beleza que se imponha.
Há o bem querer
que é fruto cultivado
e não gosta quando o tempo
gira rápido demais.
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